Jonas Fugiu de Deus

O livro de Jonas relata uma história fascinante, com uma mensagem poderosa. Se você não conhece esta história, tome alguns minutos para ler este pequeno livro (na minha Bíblia, tem menos de 3 páginas). Vamos observar alguns fatos desta história para entender a futilidade de tentar fugir da presença de Deus.
Deus enviou Jonas à ímpia cidade de Nínive para adverti-la contra a destruição iminente. Durante algum tempo, Deus havia tolerado a iniquidade desta cidade, que era capital do poderoso e cruel império da Assíria. Jonas sabia que esta nação apresentava a maior ameaça imaginável para seu próprio povo de Israel. 


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O profeta temia e desprezava os ninivitas tanto que tentou fugir de Deus e da sua responsabilidade dada por Deus. Ao invés de ir direto para Nínive, como Deus havia ordenado, Jonas desceu para o porto de Jope e comprou uma passagem para viajar para Társis. Ele estava fugindo na direção oposta, tentando se distanciar de Nínive e do próprio Senhor!


Para qualquer pessoa que acredita na existência de um Deus infinito, a noção de fugir da presença do Senhor parece absurda. Para Jonas, um judeu privilegiado com uma revelação de muitos fatos sobre Deus, deveria ter sido uma ideia ridícula. Mas parece que este profeta sofreu das influências dos povos ao seu redor que acreditavam em deuses locais. Era comum entre os pagãos a noção de deuses limitados que teriam poder apenas em uma certa região. Aproximadamente 100 anos antes de Jonas tentar fugir de Deus, Ben-Hadade, o rei da Síria, foi derrotado por acreditar que o Senhor fosse “deus dos montes e não dos vales” (1 Reis 20:28). Jonas, com certeza, teria acesso a tais registros, mas não acreditou nas evidências históricas da soberania de Deus.
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Jonas não acreditou que não há lugar para se escapar de Deus. Ele encontrou um barco que podia levá-lo a milhares de quilômetros para longe de Nínive, mas ele não podia esconder-se de Deus. O Soberano de quem ele tentou fugir mandou uma tempestade que quase tirou a sua vida e uma baleia que serviu como instrumento pouco provável para poupar este profeta rebelde. Jonas achou-se no meio do mar e depois na barriga de uma baleia, porém nunca achou um lugar onde Deus não o pudesse ver.

Depois de quase morrer no mar e dentro da baleia, Jonas se arrependeu e obedeceu a ordem do Senhor. Ele foi para Nínive e pregou aos ninivitas. Tantas pessoas se arrependeram que Deus mudou seus planos e poupou a cidade. Já imaginou como seria ensinar a palavra de Deus e ver centenas de milhares de pessoas recebendo esta mensagem salvadora de uma vez? Como o coração de um servo do Senhor ficaria alegre com esta reação positiva dos ouvintes.

Mas Jonas não se alegrou! Ele ainda desprezava o povo daquela grande cidade e queixou-se da misericórdia e compaixão de Deus! Falou que não queria pregar ao povo exatamente por este motivo, pois poderiam aceitar a palavra para serem salvos.

Jonas não entendia que a mesma misericórdia que o salvou do ventre da baleia também deveria salvar os ninivitas da ira de Deus. Ele desejava a compaixão de Deus na sua própria vida, mas não queria a mesma graça na vida dos outros!


Deus é muito maior do que esse profeta relutante reconhecia. Ele vê tudo: “todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hebreus 4:13). Ele quer salvar a todos: “ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhuma pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3:9). Sua misericórdia e amor ultrapassam a nossa capacidade de entender (Efésios 3:17-21).

Não temos condições e, muito menos, motivos para fugir do Senhor. Este grande e poderoso Deus merece nossa completa submissão e nossa contínua adoração.blog despertai
–por Dennis Allan