Juventude confunde violência com brincadeira e ja não respeita os valores humanos.

Nos dias de hoje, é comum ouvimos falar de atos perversos cometidos por jovens que perderam qualquer noção de limite. Muitos não respeitam as mais elementares regras de bom convívio em sociedade, ajudando a moldar, assim uma geração totalmente desprovida de valores éticos e morais, que confunde muitas vezes violência com brincadeira.
Afinal, um ato que leva indivíduos a se divertirem diante do sofrimento alheio pode ser considerado brincadeira? Ou sentir prazer observando alguém ser covardemente maltratado? E vale ressaltar que tal comportamento é verificado em todas as classess sociais, das menos faforecidas às mais altas. Atitudes abjetas perceptíveis até mesmo entre aqueles que foram educados, teoricamente, da melhor forma e nos melhores colégios.

DE QUEM É A CULPA?

Quem são os verdadeiros culpados pelos atos violentos cada vez mais comuns na juventude? Os pais? Onde a família pode ter errado? O psiquiatra Elko Perissinotti, vice-diretor do Hospital-Dia do Instituto de Pesiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HCFMUSP), ajuda-nos a entender essa questão, fazendo, antes de tudo, um alerta: é preciso ter cautela no momento de apontar os culpados "A responsabilidade principal, em termos psicossociais, é do agressor, mesmo tendo ciência de que a estruturação da sua personalidade ocorreu desde o nascimentoou, talvez, desde a fase intrauterina, concorrendo para isso fatores genéticos, congênitos, microssociais (famíliar e escola) e macrossocias(a cultura e os hábitos da cidade e do país)", declara.

Perissinotti afirma ser necessário destacar a importância da família (pai e mãe), pois é uma espécie de espelho no desenvolvimento da personalidade dos filhos "Se não receberem a aprenderem o que é afeto, carinho, bem-querer e compaixão, desenvolverão frieza afetiva, intolerância, frustações e incapacidade para suportar as diferenças sendo extremamente egoístas e patologicamente narcisistas."E acrescenta: " E importante ainda a ideologia da escola, a opção dos professores para que haja a construção conjunta(professor-aluno)." O especialista esclarece que o comportamento sempre vai depender do padrão de investimento que a sociedade recebe. Se for positivo, teremos pessoas mais livres independentes e felizes "Se acontecer o oposto, haverá neuróticos, psicóticos e psicopatas", frisa.

INTOLERÂNCIA E DESRESPEITO

Atualmente, o comportamento de uma grande parcela dos jovens é semelhante: são intolerantes, desafiadores e desrespeitam regras e o próximo, Elko Perissinotti destaca que crianças e jovens se espelham nos pais, independente da classe social. "É comum percebemos certa rebeldia por parte dos adolescentes. Usando a velha nomenclatura, é a síndrome da adolescência", relembra.

Nos dias de hoje, tanto os adolescentes do morro quanto os do asfalto apresentam o mesmo linguajar(girias), atitudes(fazem bagunça nos transportes públicos, incomodam vizinhos com som alto, fazem pichações, etc.) e forma de pensar. Elko esclarece que a desigualdade provocou igualdade. A liberdade e a libertinagem faz parte de ambos. O psiquiatra conclui, afirmando que os seres humanos precisam sofrer um processo de sublimação para se tornarem mais racionais, sociais e humanos. "A civilação e a cultura têm um papel de domador e domestícador. Aceitamos a contragosto."


Como educar os filhos.

Os pais têm papel fundamental na formação dos jovens, cabendo a eles mostrar quais as regras a serem seguidas e o que é certo e errado para que seus filhos se tornem bons cidadões no futuro.

Elko declara ser indispensável que as figuras paterna e materna contribuam com a sua parcela. "É preciso exercitar o amor, sentimento em extição hoje em dia. É importante que os pais nunca fujam da sua obrigação, por mais incompetentes que se sintam, pois querendo, aprederão a ser competentes", Pondera.
De acordo com o psiquiatra, atualmente, pai e mãe estão repassando suas funções exclusivas para os professores. "Isso mostra que nestas famílias não há um lar estruturado nem amor. Marido e mulher não têm cumplicidade nem objetivos fortes de vida a dois, é cada um para seu lado e os filhos para outro, que, geralmente, é a escola."

Os pais têm papel fundamental no crescimento e na formação das crianças, cabendo a eles mostrar quais as regras a serem seguidas e o que é certo e errado para que seus filhos se tornem bons cidadões no futuro. "Mas a escola vem em segundo lugar, complementando a tarefa dos pais", ressalta Perrissinotti.

O especialista entende que o professor é uma espécie de referencial e que, por ele passa mais do que informação pois sua postura em sala de aula proporciona que os alunos absorvam seu código moral e ético. " Caráter, disciplina, responsabilidade e a sua ideologia existencial, certamente, serão internalizadas e imitadas. Não creio que os professores de hoje tenham atigindo o patamar de um bom referencial devido às necessidades que enfrentam e a vida sofrida que levam", analisa.

Elko Perissinotti explica que são poucos os pais realmente concientes da fragilidade e das condições da natureza humana. "não existe dificuldade de diálogo entre as gerações. Há, sim, uma confusão enorme de sentimentos possessivos: ciúme, inveja e raiva, que desesperam os indivíduos", salienta Elko, segundo o qual as pessoas geralmente ocultam esses sentimentos por não saberem o que fazer co eles " Mas pensam que ocultar. Portanto, as relações com os filhos tarnam-se uma farsa, por isso, os isso, os descendentes farsantes", alerta.
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Concordo com o especialista, mas, tudo isso é o reflexo da falta de uma vida com Deus. O ser humano precisa de Deus para ter uma vida de sucesso em todos os sentidos, principalmente na família.