As crianças sinistras em filmes de terror!

Relembre algumas das crianças mais assustadoras do cinema.

Sinônimos da inocência, crianças sempre são associadas com imagens boas: brinquedos coloridos, desenhos animados,  mundos de fantasia e baldes de sangue… Ah!A infância! Mas espere! Baldes de sangue?! Para o cinema nada é sagrado e ao longo de décadas de filmes de terror, os diretores conseguiram corromper a pureza presente nos pequeninos, transformando-as em motivo de medo para muitos. Ou não é um pouco desconfortável pensar que aquela coisinha fofa e bochechuda esconde segredos obscuros e que seu amiguinho imaginário não está somente na sua imaginação? O Cinema com Rapadura separou uma lista com guris que fazem os mais pestinhas parecerem anjinhos.

Samara (O Chamado, 2002)

O telefone toca e uma voz gélida sussurra: “Sete dias”. Um dos bordões mais famosos dos filmes de terror vem justamente de uma garotinha de onze anos. Jogada em um poço por sua mãe adotiva, ×Samara sobreviveu durante sete dias tentando fugir, somente para perecer e voltar assombrando os aparelhos de VHS de todos os que assistissem à uma fita amaldiçoada.

Graças ao carisma de sua antagonista e os momentos de tensão provocados pela menina, “O Chamado” foi muito bem recebido por público e crítica, tornando-se um dos filmes de terror mais emblemáticos da última década. Além disso, seu visual característico, com os cabelos molhados e jogados na frente do rosto serviu de base para toda uma leva de fantasmas influenciados por garota. Nunca mais ninguém viu um VHS ou atendeu a um telefone da mesma maneira.

Esther (A Órfã,  2009)

“Tem alguma coisa errada com Esther”, já dizia o pôster de lançamento do filme. E não era catapora ou um joelho ralado como em outros da mesma idade. O cinismo e as repentinas mudanças de humor que caracterizam o jeito da “pobre” órfã são de gelar a espinha. Havia muito mais pro baixo das fitas no cabelo, dos vestidos clássicos e do olhar e sorriso angelicais.

Isso é o que descobre a família que teve o azar de adotar esta garotinha de nove anos quando acontecimentos macabros passam a tomar conta de sua casa. O filme teve críticas divididas, mas é inegável o bom desempenho de ×Isabelle Fuhrman ao viver um lobo em pele de cordeiro.

Tomás (O Orfanato, 2007)

É fato que toda criança gosta de brincadeiras, principalmente do clássico “caça ao tesouro”. Tomás, no entanto, está fadado a repetir esta brincadeira para toda a eternidade. Com aparições sempre impactantes e uma das máscaras mais bizarras já vistas em um filme de terror, o fantasminha marca o tom tenso desta produção hispano-mexicana.

Uma clássica história de casa mal-assombrada, o filme impressiona pelo clima bem construído e pelo final em aberto que gerou muita discussão entre os fãs de terror.  Com produção de ×Guilhermo del Toro, este ainda promete uma versão americana de uma nova visita à “casinha de Tomás”.

As gêmeas Grady (O Iluminado, 1980)

O ápice de um dos mais famosos e assustadores planos-sequência da história do cinema, as gêmeas interpretadas por Lisa e Louise Burns são uma das principais marcas do clássico dirigido por Stanley Kubrick. Seguidas pela clássica enchente de sangue,  ambas são manifestações que assombram o hotel Overlook e teriam sido assassinadas por seu pai, o antigo zelador da locação.

Figurando sempre na lista de melhores filmes de terror de todos os tempos, muitas vezes em primeiro lugar, “O Iluminado” é uma prova da genialidade e versatilidade de seu diretor e conta com a inesquecível performance de Jack Nicholson. Vale ainda lembrar a presença de outra criança macabra no longa, ou pelo menos parte dela: Tony, um amigo imaginário do garotinho ×Danny, simbolizado por seu dedo indicador, o qual nunca se sabe sobre sua real existência.

Damien (A Profecia,  1976)

Esse pode literalmente ser chamado de capetinha. Damien Thorn foi secretamente trocado por um bebê morto ao nascer e adotado por Robert Thorn. Crescendo em um bom lar, o menino se revela ser nada mais nada menos do que o filho de Satã, ou  seja, o próprio anticristo e passa a cometer uma série de bizarros assassinatos, utilizando seus poderes e influência para começar o Apocalipse.

Com uma atmosfera pesada construída com uma trilha sonora apreensiva baseada em cantos gregorianos, “A profecia” é um terror elegante que prova que, mesmo com poucas cenas violentas (apesar da clássica morte do padre Brennan), pode ser impresso no espectador um verdadeiro medo.

Isaac Chroner (Colheita Maldita, 1984)

Nada como o olhar angelical de uma criança! Principalmente se ela for a líder de um culto de infantes assassinos que adoram uma antiga entidade demoníaca. Esse é o caso do sinistro pregador da cidade de Gatlin, Isaac Chroner, que acaba ordenando a execução em massa de todos os habitantes adultos da cidade de forma a obter uma boa colheita regada à sangue.

Mais uma adaptação de uma história de ×Stephen Kingpara o cinema, “Colheita Maldita” não foi bem recebido pelas críticas, mas acabou obtendo lucro o suficiente para gerar uma franquia de nove filmes, incluindo um reboot, e um lugar como um cult entre os amantes dos filmes de terror.

Carol Anne Freeling (Poltergeist, 1982)

Essa pequena “Barbie” dos filmes de terror foi o principal alvo das assombrações que habitavam o novo lar da família Freeling. Conversando com estranhas vozes, a menina acaba perdida dentro do armário do seu quarto, se comunicando com a família por meio das frequências do aparelho de TV. Na verdade, ela se encontrava em um plano entre o dos vivos e o dos mortos, correndo grande risco de ficar aprisionada neste último.

Infelizmente, a atriz Heather O’Rourke, que interpreta a loirinha, faleceu logo após a terceira parte da franquia “Poltergeist” o que acabou por realçar os mistérios em torno da produção, que se tornou um clássico indispensável.

Regan McNeil (O Exorcista, 1973)
Talvez a presença mais icônica dessa lista, a doce×Regan passa a ter estranhas convulsões e demonstrar poderes sobrenaturais aos doze anos. Possuída, na verdade, pelo demônio Pazuzu e amarrada à cama, a pré-adolescente passa por um traumático processo de exorcismo enquanto manifesta sintomas físicos assustadores e desafia dois padres em uma batalha de fé.

Pai de uma leva de novos filmes, “O Exorcista” marcou geração pela impecável maquiagem e por todo o terceiro ato que compõe a tentativa de expulsão da entidade maligna. Criador de vários dos quais se tornariam clichês no horror, sua influência é sentida até hoje e causou impacto na formação da pequena ×Linda Blair, que prometeu nunca mais ter filhos e acabou se envolvendo com drogas.

Adrian Woodhouse (O Bebê de Rosemary, 1968)

Nosso mais jovem integrante tem alguns dias de vida e não possui nem dentes. Ou possui? Sem nem mesmo aparecer em tela, o pequenino dentro do famoso berço negro causa apreensão justamente pelo mistério sobre sua forma. Cria do próprio “Coisa ruim”, sua gestação atormentou sua mãe, que acaba encontrando apoio em seus gentis vizinhos.

Com performances arrebatadoras de Mia Farrow e Ruth Gordon, “O Bebê de Rosemary” foi ousado e polêmico em abordar cultos satânicos em uma narrativa sombria com final surpreendente. Representante máximo da estética do terror de sua época, a produção nos faz duvidar de quem são os verdadeiros vilões: os demônios ou a humanidade.

___Mateus Almeida é professor de Ciências, mas encontrou seu caminho na sétima arte. Na busca por ele, passou pelo MI6, Terra Média e até por galáxias muito, muito distantes, tudo dentro de uma sala escura. Atualmente, também é estudante de Jornalismo e realizou cursos na área de cinema e crítica cinematográfica.

Mateus Almeida é professor de Ciências, mas encontrou seu caminho na sétima arte. Na busca por ele, passou pelo MI6, Terra Média e até por galáxias muito, muito distantes, tudo dentro de uma sala escura. Atualmente, também é estudante de Jornalismo e realizou cursos na área de cinema e crítica cinematográfica.

O INIMIGO NÃO BRINCA, AGORA VOÇE PENÇA QUE A MIDIA ESTA A FAVOR DE NOSSAS CRIANÇAS,NÃO...............