O filme americano "American Ultra: Armados e Alucinados" é baseado no projeto real da CIA, o MKULTRA, que visa criar escravos de mente controlada. Embora essa premissa seja terrível, o filme, no entanto, retrata o controle mental da CIA como algo que é legal e até mesmo "rebelde". É mais uma tentativa da mídia de massa de fazer o controle mental legal.



Atenção: spoilers colossais à frente!


"American Ultra: Armados e Alucinados" é um filme estranho. Embora a história gire em torno das experiências terríveis que a CIA realiza em sua própria população, isso é transmitido com humor, transformando todo o assunto em uma piada. Não é só isso, o filme retrata o controle mental da CIA como algo que é legal - embora seja exatamente o oposto disso.




Dê uma olhada no cartaz do filme acima: Um escravo MK e um manipulador da CIA vestindo óculos bacanas, segurando armas e agindo como "fodões". Existe algo menos rebelde do que um escravo que perdeu completamente seu livre-arbítrio e um manipulador da CIA juntos? Os dois são peões do sistema da elite. Esse é um outro caso de duplo sentido e, se você anda lendo nosso blog Knowledge is Power, você sabe que fazer o controle mental legal e aceitável é uma parte importante da Agenda. Antes de analisarmos o filme, vamos entender no que ele se baseia.

MKULTRA
O Projeto MKULTRA - programa de controle mental da CIA - foi o codinome dado a um programa ilegal de experimentos em seres humanos. Embora seja dito que o programa oficialmente foi interrompido, alguns denunciantes afirmam que o programa ainda é secretamente realizado sob o uso de outros nomes, tais como controle mental Monarca .
Imagem divulgada do MKULTRA, 1961. O subtítulo diz: "mulher branca 
não identificada com idade entre 8 e 10 anos de idade. O sujeito foi submetido a
 6 meses de tratamento com altas doses de LSD, eletrochoque e privação sensorial.
 Experimentos sob o codinome: MKULTRA do começo dos anos 60. A memória 
do sujeito foi apagada e seu cérebro é o de um bebê recém-nascido." 

Como você pode ver, o controle mental da CIA não é legal de jeito nenhum. Na verdade, ele é um dos programas mais tortuosos e horríveis já concebidos. Com base em abuso sexual, trauma, tortura, confinamento, intoxicação, hipnotismo, lavagem cerebral e outros métodos tortuosos, o controle mental, literalmente, destrói a vida do escravo nas mãos de frios manipuladores sádicos sem coração. Os escravos são, então, programados para executar várias tarefas, como tornar-se escravas sexuais, mulas de drogas ou, como no caso do filme "American Ultra", assassinos treinados. Em termos de controle mental Monarca, a "programação assassino" é referida como programação Delta.


DELTA é conhecida como programação "assassino" e foi originalmente desenvolvida para formação de agentes especiais ou soldados de elite (ou seja, Delta Force, Primeiro Batalhão da Terra, a Mossad, etc) em operações secretas. A ótima saída adrenal e a agressão controlada são evidentes. Os indivíduos são desprovidos de medo e são muito sistemáticos na realização de sua missão. Instruções de autodestruição ou suicídio são colocadas nesse nível.

- Ron Patton, Project Monarch

Os escravos Delta estão "dormindo" até que eles são "ativados" por um gatilho - geralmente uma série de palavras ou imagens.


Os escravos Delta são alters treinados para realizar missões especiais, resultando em morte. O Delta que estiver inativo está dormindo. Eles devem ser ativados. A programação para ativá-los será acionada se uma missão for dada ou se certas partes das partes mais profundas do sistema forem adulteradas. 

- Fritz Springmeier, The Illuminati Formula To Create A Mind Control Slave 


Produtos desse programa se tornam máquinas de matar literais, treinados em várias formas de combate e alguns até mesmo desenvolvem percepção extrassensorial (PES).


Deltas serão treinados em combate corpo a corpo e conhecem certos lugares vulneráveis ​​para matar pessoas, incluindo quebrar o pescoço. O treinamento incluia uma grande quantidade de treinamento com armas. 

- Ibid.

Embora as repercussões de suas ações sejam muito reais, os escravos não são capazes de distinguir a realidade da ficção.


O pensamento deles é enterrado em contos de fadas. Eles são programados para se verem em contos de fadas, eles são programados para não verem seus manipuladores ou o rosto de qualquer outra pessoa. Esses alters não têm a chance de entender o que eles estão fazendo.   

- Ibid.

Por último, se esses escravos se tornarem problemáticos, a única solução para eles é a morte.


Se os programadores temerem que a programação do escravo irá se romper - e isso acontece em parte devido ao abuso severo que eles recebem desses programadores/manipuladores sádicos, então eles vão simplesmente dar ao escravo uma tarefa na qual o escravo vai acabar morrendo, ou seja, uma missão suicida. 

- Ibid.

Portanto, embora não seja realmente mencionado, o "herói" de "American Ultra" é um escravo MK cujos "superpoderes" são o resultado de trauma e abuso. Ele exibe todas as características descritas acima, mas tudo é mostrado de um jeito divertido, glorificado e com entretenimento. Em suma, a CIA está tentando vender a você seu programa mais repugnante.

Embora a programação Delta seja horrível e utilizada para realizar assassinatos políticos e até fuzilamentos em massa (sim, você leu certo), "American Ultra" transforma tudo em um excelente divertimento para adolescentes.

Vamos analisar o filme.

American Ultra 

O herói do filme é Mike Howell (interpretado por Jesse Eisenberg), um drogado estereotipado que é propenso a ataques de pânico. Ele vive com sua namorada Phoebe Larson (interpretada por Kristen Stewart), com quem ele quer se casar mais do que qualquer outra coisa no mundo. Mais tarde no filme, ficamos sabendo que ela é seu manipulador MKULTRA, quando ela anuncia claramente a ele:


"Eu sou sua manipuladora."

Ainda não ciente desse fato, Mike está loucamente apaixonado por Phoebe e quer pedi-la em casamento. Seu amor por sua namorada é um pouco obsessivo, quase como se ele estivesse... programado para amar seu manipulador.



Várias vezes durante o filme, Mike olha para o anel que 
ele quer dar a sua namorada e fica "viajando". A primeira vez 
que faz isso, ele queima os omeletes que estava fazendo. 

Em uma cena, vemos a tatuagem do casal. Não é novidade que é 
um olho que tudo vê. Embora isso pareça ser uma coisa romântica,
 ela representa a relação escravo/manipulador entre os dois.

Controlado pelo Governo

Mike quer levar sua namorada a uma viagem, mas sua programação não lhe permite fazer isso.

 No aeroporto, Mike recebe um ataque de pânico pesado, 
deixando-o fisicamente incapaz de embarcar no avião.

Nós ficamos sabendo mais tarde que esse "ataque de pânico" foi realmente a programação MKULTRA impedindo-o de sair da cidade. Em seu caminho de volta para casa, percebemos que Mike está sendo monitorado por autoridades estatais.

Mike e Phoebe são parados por um policial que os conhece
 muito bem. Na verdade, ele até pergunta a Mike se ele teve "um de seus
 episódios". Mike não consegue escapar do olho que tudo vê da elite.

A principal fuga de Mike de sua rotina do dia-a-dia (que é toda configurada para ele pela CIA) é desenhar quadrinhos.

 Mike criou o Apollo Ape, um "macaco astronauta que sai em aventuras".

Embora Mike esteja "adormecido", seu alter Delta está inconscientemente refletido nas aventuras violentas do Apollo Ape. Como dito acima, quando os escravos MK são acionados, as coisas se transformam em um conto de fadas surreal. Os quadrinhos de Mike refletem sua lembrança distorcida de quando ele foi acionado.

Embora ele não tenha sido accionado há anos, Mike está, no entanto, sob constante vigilância pela CIA.


Mike é constantemente monitorado por satélites espiões. 

Apesar de tudo isso apontar para um pesadelo de estado policial opressivo, o filme serve aos telespectadores uma divertida versão da CIA para maiores de 13 anos.

A CIA é Legal

Quer fazer a CIA o mais amigável e o menos ameaçador possível? Use a menina que atuou em "Crepúsculo" como uma manipuladora de controle mental e use Eric Foreman do "That 70's Show" como um diretor de programa MKULTRA.

 O agente recém-promovido da CIA Adrian Yates quer matar 
Mike usando outros escravos MK, porque ele continua querendo 
fugir da cidade. Além disso, ele é muito folgado. 




Outro agente da CIA extremamente não ameaçador é esse cara que 
estamos vendo. Aqui, ele está enviando uma selfie com uma carinha
 triste ao seu namorado porque ele queria estar em casa com ele e 
com seu pequeno cãozinho. Aaaaw :( 

A outra principal representante da CIA é Victoria Lasseter, que estava no comando do programa ULTRA de Mike. Embora ela seja responsável por destruir completamente e reconstruir o cérebro de Mike usando técnicas traumáticas, ela é retratada como uma espécie de figura de mãe carinhosa.

Nesta cena, Lasseter fala a Mike as palavras que acionam o seu
 alter-persona Delta - ativando seus magníficos poderes de super-herói 
e permitindo-lhechutar traseiros. Controle mental é tão legal. Eu 
queria ser um escravo de controle mental (não). 

Mais tarde no filme, quando Mike encontra Lasseter novamente, ele pergunta a ela:


"Você é minha mãe?" 

Essa frase é um pouco triste. Visto que Lasseter apagou sua memória e, literalmente, recebeu uma nova persona, Mike instintivamente acredita que essa agente da CIA é sua mãe.

Então ela faz um discurso explicando porque ele é especial e por que ela se preocupa com ele.




-Você se lembra quando você foi preso quando tinha 18 anos por causa do ácido? Foi quando nos conhecemos. Eu estava recrutando pessoas para um programa chamado Wisemen, que foi basicamente projetado para levar os infratores e oferecer-lhes a oportunidade para se voluntariarem... para serem uma experiência.

 - Isso foi um erro.

- Não, Mike, você deu certo. Todos as outras coisas que aconteceram, elas foram fracassos. Mas não você. Você foi um sucesso. Mas isso estava te deixando louco.

- Então você apagou as minhas memórias e f *deu com a minha cabeça. E você me deixou com uma namorada falsa.

- Eu não quero que você morra, porque eu me importo com você, certo?

O aspecto de figura materna de Lasseter refere-se a uma figura importante em programação Monarca real: A "Grand Dame" ou "Mãe da Escuridão".


"Um Grande Dame Illuminati irá ajudar os programadores garantir que o script seja dado à criança e que um surto psicótico não ocorra, fazendo com que a vítima perca a sua mente."

"Os alters Mãe da Escuridão são um importante ponto de equilíbrio para evitar que os programadores sádicos do sexo masculino matem mais crianças do que eles estão programando."

- Ibid.


Portanto, embora ela seja um "boazinha" no filme, ela representa a Grand Dame em programação Monarca, uma "figura materna", que existe simplesmente para se certificar que os escravos MK não irão completamente entrar em colapso - não porque ela os ama.

A outra figura da CIA no filme é o manipulador de Mike (e namorada) Phoebe. Embora manipuladores MK sejam geralmente sádicos, desumanos, escravos MK próprios, o filme retrata o manipulador como uma moça bonita.

Em um rápido flashback, Mike lembra de sua 
"namorada" o entrevistando como um agente da CIA.

Em suma, todo a CIA e o programa MKULTRA são suavizados e representados por pessoas amigas. Além disso, as táticas da agência de Estado policial, que são muito ilegais, anti-democráticas e contra a liberdade, são retratadas como se fossem quase normais - apenas negócios do dia-a-dia.

Yates manda um caminhão cheio de escravos de 
controle mental para saírem e matarem Mike.

A história falsa é plantada na notícia para 
justificar a perseguição contra Mike e Lasseter. 

Equipamentos FEMA são usados para
 impor a lei marcial na cidade de Mike. 

Um drone de controle remoto é enviado
 para bombardear a casa de Mike. 

Apesar de todas essas táticas, Yates falha na captura de Mike. O resultado? 
Ele é executado na floresta por seu superior. Apenas a CIA, negócios MKULTRA. 

A vida de Lasseter é poupada porque ela convence seu chefe que Mike é um grande trunfo que deve ser usado pela CIA, ao invés de ser morto.




Controle Mental é Legal 

Assim que Mike é acionado por sua Mãe da Escuridão, ele se transforma em um super-herói birrento que é capaz de usar qualquer objeto comum como uma arma. Embora seus poderes recém-descobertos confunda Mike, ele acaba os abraçando. Durante suas aventuras, ele diz coisas a Phoebe como:


"Lembro-me de cada coisa que aconteceu nos últimos 94 minutos."





"E se eu for como um robô? Com gigabytes de recuperação da memória e assim como em programação Karatê onde eu uso objetos para matar pessoas?"


"Você sabe o que um M1 Abrams é? É um tipo de tanque. Eu gostaria de 50 tipos de tanques agora."

Em um ponto Phoebe pergunta se ele se sente doente. Ele se olha no espelho, e diz:


"Não, eu me sinto meio incrível".

Em um ambiente legal e semelhante a um clube noturno, Mike diz 
que ele "se sente meio incrível". Ele, então, estranhamente sorri. Ser um 
escravo de mente controlada programado para matar pessoas é uma coisa 
"super incrível". Isso é o que Hollywood está dizendo aos jovens agora. 

Mike acaba matando todos os que cruzam seu caminho de várias maneiras hilárias (matar pessoas também é muito legal). Ele está completamente "fora de si".

Depois de ganhar tudo, Mike pede a sua namorada (manipuladora) em
 casamento na frente de um monte de policiais apontando suas armas para eles. 

Eles, então, são alvejados porque não são jovens 
rebeldes legais, eles são peões de um sistema opressivo. 




A CIA conclui que Mike ainda é utilizável. No final do filme, Mike e Phoebe estão ambos em um hotel luxuoso nas Filipinas, parece bacana e elegante.


Nós rapidamente percebemos que ambos estão em uma missão da
 CIA e que Mike foi enviado para matar pessoas. Ele ainda é um
 escravo MK e sua "esposa" ainda é seu manipulador.

Na cena final do filme, Mike enfrenta um chefe da máfia asiática. O filme, em seguida, se transforma em um desenho animado.

 Mike se transforma em Apollo Ape que mata todos à vista. 

Embora a maioria dos espectadores vá dizer: "Uau, o filme terminou de uma forma tão legal e criativa", esse final com desenhos animados implica em uma coisa importante: Mike é um escravo MK acionado em um estado dissociativo. Quando acionado, ele não pode perceber a diferença entre realidade e ficção. Em suma, apesar do "final feliz", Mike ainda não tem absolutamente nenhum controle sobre suas ações e ainda não é nada senão posse da CIA.

Conclusão

"American Ultra: Armados e Alucinados" baseia-se no programa MKULTRA da vida real, que procurou transformar civis relutantes em escravos de controle mental. Embora o controle mental utilize as técnicas de tortura mais atrozes conhecidas na história e faz a tarefa terrível de transformar um ser humano em um escravo sem mente, "American Ultra" suaviza todo o processo. Ele evita a maioria das coisas terríveis quando se concentra na diversão e mostra um super-herói matando pessoas. As crianças adoram isso. Embora alguns espectadores possam pensar que o filme terminou bem e que os "mocinhos" ganharam, a realidade é que eles testemunharam um infomercial estranho para o controle mental.

"American Ultra" é mais uma tentativa pelos meios de comunicação em fazer o controle mental uma coisa rebelde legal e glamourosa. Mas o que você espera? Se a CIA não tem problemas em fazer lavagem cerebral em americanos num estado de escravidão mental, você acha que eles teriam problemas com a tentativa de lavagem cerebral no público com suas mensagens subversivas? MKULTRA é sobre lavagem cerebral em indivíduos, "American Ultra" é sobre lavagem cerebral do público americano.

Fonte: VC