Três milhões de pessoas que residem em Santiago – quase metade dos 6,2 milhões de habitantes da capital chilena – ficaram sem água potável a partir do meio-dia deste sábado (16) devido à "turvação extrema" nos rios Maipo e Mapocho, após o mau tempo e chuvas intensas que afetam a região central do país.
Com o problema, a Intendência Metropolitana decretou "alerta vermelho" para a grande Santiago. A medida permite a mobilização de "todos os recursos necessários e disponíveis para agir e controlar a situação, dada a extensão e severidade do evento", detalhou o Escritório Nacional de Emergência, dependente do Ministério do Interior.
"Estamos ativando o plano de emergência que tínhamos definido para esta eventualidade. No ano passado, compramos tanques especiais de acúmulo de água e ativamos uma rede de caminhões-pipa", explicou o intendente (político gestor) da região metropolitana, Claudio Orrego.
De acordo com o político, a rede de emergência da região metropolitana está ativada em sua totalidade e um comitê técnico se encarregará de indicar os lugares nos quais a água será distribuída.
A empresa Aguas Andinas, que fornece a água potável na capital chilena, confirmou mais cedo em comunicado que a partir do meio-dia deste sábado cortaria o fornecimento em 27 das 52 áreas da região metropolitana de Santiago, sem que, até o momento, se saiba a hora de reposição.
"As turvações nos rios Mapocho e Maipo alcançaram níveis extremos" que superaram neste sábado 65 mil UNT (unidade de medida de turvação)", detalhou a companhia.
Devido a isso, a empresa decidiu "fechar seus setores de produção" e executar um corte não programado de água potável em forma progressiva em diferentes zonas da cidade", segundo o comunicado.
Os rios Maipo e Mapochio ficaram com águas turvas devido ao mau tempo que atinge a região central do Chile, o que pode piorar nas próximas horas de acordo com o relatório meteorológico.
Fonte: EFE.