Igrejas pentecostais são mais eficazes do que ONGs de ajuda humanitária”, defende autora

Igrejas pentecostais são mais eficazes do que ONGs de ajuda humanitária”, defende autora.
Na maioria das regiões carentes do Brasil, popularmente chamadas de “favelas”, é praticamente impossível circular pelas ruas e vielas sem enxergar o templo de alguma igreja pentecostal, como a Assembleia de Deus. Essa não é uma realidade apenas no Brasil, mas também na África, e pesquisadores tiveram o interesse de estudar os efeitos disso na sociedade.

Por exemplo, um livro lançado pela escritora Dena Freeman, da London School of Economics, intitulado “Pentecostalism and Development: Churches, NGOs and Social Change in Africa” (Pentecostalismo e Desenvolvimento: Igrejas, ONGs e Mudança Social na África), argumenta como os efeitos do pentecostalismo têm impactado a positivamente a condição de vida dos africanos.

“As igrejas pentecostais são muitas vezes agentes de mudança mais eficazes do que as ONGs de ajuda humanitária.”, escreveu Freeman, referindo-se ao engajamento social das igrejas pentecostais, que mediante a mensagem de salvação em Jesus Cristo, mudam o estilo de vida das pessoas.

O caráter mais solidário de amor ao próximo, autovalorização e confiança de que Deus deseja o sucesso de todos através de uma sociedade mais justa, resulta em uma mudança de vida que afeta todas às áreas da vida, incluindo a profissional.

“Elas [igrejas] são excepcionalmente eficazes em promover a transformação pessoal e o empoderamento, fornecem a legitimidade moral para um conjunto de mudanças de comportamento e reconstroem radicalmente as famílias e comunidades para apoiar novos valores e novos comportamentos”, escreve Freeman.

A perspectiva de Freeman está de acordo com os sociólogos Donald Miller e Tetsunao Yamamori, que anos atrás já haviam realizado um estudo nos países em desenvolvimento para identificar quais ações sociais eram desenvolvidas nessas regiões. Eles descobriam que 80% dessas ações são realizadas por igrejas pentecostais.

O trabalho de Miller e Tetsunao também virou um livro, chamado “Global Pentecostalism: The New Face of Christian Social Engagement” (Pentecostalismo Global: A nova face do engajamento social cristão)

Para os autores, a mensagem das igrejas pentecostais oferece identidade às pessoas, valorizando suas vidas e dando a elas um senso de justiça e igualdade diferente de qualquer outra instituição.

“É importante reconhecer as maneiras pelas quais o pentecostalismo dá dignidade às mulheres e às pessoas que são pobres, dizendo-lhes que eles são feitos à imagem de Deus e, portanto, tem direitos, tanto pessoais como políticos”, concluem os autores, segundo o Christian Post.