A perseguição religiosa aos cristãos na China tem adotado táticas cada vez mais perversas, visando a restrição da liberdade de culto local, especialmente dos cristãos, o segmento religioso que é mais visto como uma ameaça à estabilidade do regime comunista que controla o país.
Um dos casos mais recentes ocorreu em 27 de junho passado, quando agentes do Partido Comunista Chinês invadiram uma igreja na província de Guangxi, sul da China, às 10h00 do horário de Pequim.
As autoridades interromperam o andamento do culto para interrogar o pastor acerca da atividade religiosa. Em seguida, o pastor e outros membros da igreja cristã foram levados presos. Segundo informações da agência China AID, até o momento não se sabe o que fizeram com o pastor e os demais irmãos em Cristo.
Invasão de igrejas na China
A tática das autoridades comunistas da China de invadir igrejas tem sido frequente. O objetivo é verificar o que os líderes religiosos estão ensinando para os fiéis, por isso algumas vezes a invasão ocorre de forma discreta, até que é revelada por meio da força.
Em março desse ano, cerca de 50 cristãos foram levados presos em outra invasão, muitos dos quais crianças e idosos.
“Às 2:00 da tarde, enquanto estavam sendo interrogados, eles foram pessoalmente humilhados, abusados e violentamente espancados por sete a oito policiais da Delegacia de Polícia de Chengdu Taisheng. Eles foram detidos por quase oito horas”, infirmou um comunicado da igreja.
Também na China, quando invasões não ocorrem, o fechamento definitivo da igreja é outra prática adotada. A Igreja Shouwang, uma das mais tradicionais do país, com cerca de 1.000 membros ativos e conhecida mundialmente após o seu pastor, Jin Tian-ming, é um desses exemplos.
Shouwang foi fechada também no início desse ano pelas autoridades comunistas da China.
“Há uma pressão crescente para exaltar o Partido Comunista sobre Deus. A comunidade internacional deve continuar a pressionar a China por seus abusos contra os direitos humanos até que esteja disposta a fazer mudanças positivas”, afirmou Gina Goh, diretora da organização Internacional Christian Concern (ICC).
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