Google identificou 14 falhas de segurança nos iPhones que permitiam que piratas informáticos tivessem acesso a informações pessoais dos utilizadores.
Investigadores da Google descobriram que milhões de iPhones estiveram sob monitorização de hackers durante vários meses do ano passado. O software malicioso só foi descoberto em janeiro deste ano, tendo a Google avisado a Apple no mês seguinte que os seus smartphones tinham falhas que permitiam operacionalizar o vírus.
A Google só informou o público sobre esta situação esta sexta-feira.
Com este software malicioso – um malware – os piratas informáticos controlavam milhares de utilizadores por semana, e recolhiam contatos e fotografias, segundo a BBC. No total, foram identificadas 14 falhas na segurança dos iPhones pela equipa de segurança da Google que, na maioria, terão sido exploradas por piratas informáticos através de programas “invisíveis”.
Os dispositivos eram “infetados” mesmo com antivírus instalado no momento em que entravam em determinados sites, sendo software malicioso praticamente impercetível. Uma vez ‘hackeados’, os iPhones enviavam informações pessoais para os piratas informáticos, como a localização do dispositivo.
Os hackers também ficavam a conhecer todas as palavras-passe e todo o histórico de mensagens que foram enviadas através das aplicações Whatsapp ou iMessage, e também do histórico do correio eletrónico e os endereços pessoais.
A única maneira de eliminar o software malicioso do iPhone seria através da ativação da funcionalidade “reposição das definições de fábrica”. Mas, mesmo apíós a reposição das definições para eliminar o malware, os piratas informáticos continuavam a ter acesso a toda a informação pessoal roubada do dispositivo porque mantinham uma base de dados.
Ian Beer, especialista em segurança computacional na Google, afirma que “os piratas utilizaram informações pessoais das pessoas afetadas, mesmo depois do software já não estar presente no seu dispositivo móvel”.
A Google comunicou estas e outras falhas à Apple no dia 1 de fevereiro de 2019. A fabricante dos iPhones, após tomar conhecimento,, apressou-se a atualizar o iOS, o sistema operativo da Apple. Segundo afirmou, “as falhas foram eliminadas”.
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