A nuvem de aproximadamente um quilometro quadrado pode conter, até, 40 milhões de gafanhotos.
Uma nuvem de gafanhotos vinda do Paraguai adentrou em território argentino, no dia 17 de junho, e se aproxima das fronteiras do Brasil e do Uruguai. Os insetos causaram estrago em lavouras paraguaias no decorrer das últimas semanas.
Segundo a projeção divulgada pelo governo da Argentina e confirmada pela Somar Meteorologia, os animais devem chegar ao oeste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina nos próximos dias.
Por preferirem tempos secos e quentes a faixa Oeste do Rio Grande do Sul está em atenção.
Em decorrência da previsão de chuva entre esta quarta (24) e quinta-feira (25), a 'praga bíblica' não deve chegar em grande número ao estado. Segundo a Somar, a chance de grandes estragos é baixa devido à mudança de tempo. "Se permanecêssemos com ventos de norte e tempo seco por mais dias, poderia chegar", informou o órgão.
A nuvem de aproximadamente um quilometro quadrado pode conter até 40 milhões de gafanhotos. O engenheiro agrônomo argentino Héctor Medina disse à agência Reuters que os insetos consomem, por dia, o equivalente às refeições de 350 mil pessoas ou 2 mil vacas.
Ao G1, o engenheiro agrônomo da Emater de Uruguaiana (RS), Daniel da Costa Soares, disse que se trata de uma situação nova tanto para produtores, quanto para profissionais da área.
"Ainda não temos muita certeza do que vai acontecer, se eles vão entrar aqui ou não, mas já estamos conversando com produtores sobre o assunto", afirmou.
Daniel esclareceu ainda que "não existe uma forma de prevenção, principalmente que seja segura ao meio ambiente e às pessoas. Não temos como criar uma barreira para impedir a chegada dos insetos".
No Brasil
Em 2017, os insetos passaram por diversos municípios do estado do Pará, onde atacaram lavouras de mandioca. O uso indiscriminado de inseticidas e outros defensivos, além de causar riscos ao meio ambiente também causou à saúde da população.
Na Argentina
O governo argentino informou que a nuvem chegou ao país no fim da semana passada e estão sendo monitorados por produtores rurais e pelo governo. As regiões mais atingidas do país são as províncias de Santa Fé, Formosa e Chaco, onde se concentram as produções de cana-de-açúcar e mandioca.
Segundo o governo do país, os animais não causam danos diretos aos seres humanos, apenas causam riscos a plantações e pastagens.
No Paraguaí
Os insetos destruíram lavouras de milho.
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