Vivemos num tempo bem próximo de mudanças tremendas no planeta Terra, e nem precisamos ter uma Terceira Guerra Mundial ou sermos invadidos por alienígenas para de uma hora para outra o tapete da ordem, progresso e prosperidade ter sido puxado de sob os pés da humanidade. Bastou um inimigo microscópico para unir os povos numa guerra contra o coronavírus. Como se vivêssemos em um mundo pós Chernobyl, ninguém vê o perigo, nem cheira, nem sente, até que seja tarde demais.
Tudo o que está acontecendo é como um imenso funil que determina o ponto onde tudo que há nele irá convergir, e seja lá o que for não tem escolha: vai escoar pelas determinações que Deus impôs sobre a história da humanidade. E essas determinações têm, para o mundo, um claro propósito de salvar Israel e abençoar as nações. Mas isso só depois de termos passado por um parêntese profético que era um mistério até dos antigos profetas: a atual era da Igreja.
No passado o mundo era como um grande tabuleiro de xadrez no qual o Senhor movia as peças e as nações sempre em sua relação com Israel. Afinal, as próprias nações e seus termos tinham sido determinados por Deus em relação a Israel, aquela estreita faixa de terra que na maioria dos mapas aparece no centro do mundo, e Israel é mesmo o centro dos desígnios de Deus para o mundo.
"Lembra-te dos dias da antiguidade... quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando dividia os filhos de Adão uns dos outros, estabeleceu os termos dos povos, conforme o número dos filhos de Israel. Porque a porção do Senhor é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança." (Êx 32:6-9).
Os profetas de Israel previram todo o sofrimento pelo qual esse povo passaria, mas também o futuro glorioso que estava reservado a ele como nação. Deus os espalharia entre as nações, mas depois os reuniria novamente em sua própria terra, o que acontecerá no reino milenar de Cristo após o arrebatamento da Igreja para o céu. Zacarias escreveu:
"Ah, ah! Fugi agora da terra do norte, diz o Senhor, porque vos espalhei pelos quatro ventos do céu, diz o Senhor. Ah! Sião! Escapa, tu, que habitas com a filha de Babilônia. Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: Depois da glória ele me enviou às nações que vos despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho. Porque eis aí levantarei a minha mão sobre eles, e eles virão a ser a presa daqueles que os serviram; assim sabereis vós que o Senhor dos Exércitos me enviou.
Tudo o que está acontecendo é como um imenso funil que determina o ponto onde tudo que há nele irá convergir, e seja lá o que for não tem escolha: vai escoar pelas determinações que Deus impôs sobre a história da humanidade. E essas determinações têm, para o mundo, um claro propósito de salvar Israel e abençoar as nações. Mas isso só depois de termos passado por um parêntese profético que era um mistério até dos antigos profetas: a atual era da Igreja.
No passado o mundo era como um grande tabuleiro de xadrez no qual o Senhor movia as peças e as nações sempre em sua relação com Israel. Afinal, as próprias nações e seus termos tinham sido determinados por Deus em relação a Israel, aquela estreita faixa de terra que na maioria dos mapas aparece no centro do mundo, e Israel é mesmo o centro dos desígnios de Deus para o mundo.
"Lembra-te dos dias da antiguidade... quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando dividia os filhos de Adão uns dos outros, estabeleceu os termos dos povos, conforme o número dos filhos de Israel. Porque a porção do Senhor é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança." (Êx 32:6-9).
Os profetas de Israel previram todo o sofrimento pelo qual esse povo passaria, mas também o futuro glorioso que estava reservado a ele como nação. Deus os espalharia entre as nações, mas depois os reuniria novamente em sua própria terra, o que acontecerá no reino milenar de Cristo após o arrebatamento da Igreja para o céu. Zacarias escreveu:
"Ah, ah! Fugi agora da terra do norte, diz o Senhor, porque vos espalhei pelos quatro ventos do céu, diz o Senhor. Ah! Sião! Escapa, tu, que habitas com a filha de Babilônia. Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: Depois da glória ele me enviou às nações que vos despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho. Porque eis aí levantarei a minha mão sobre eles, e eles virão a ser a presa daqueles que os serviram; assim sabereis vós que o Senhor dos Exércitos me enviou.
Exulta, e alegra-te ó filha de Sião, porque eis que venho, e habitarei no meio de ti, diz o Senhor. E naquele dia muitas nações se ajuntarão ao Senhor, e serão o meu povo, e habitarei no meio de ti e saberás que o Senhor dos Exércitos me enviou a ti. Então o Senhor herdará a Judá como sua porção na terra santa, e ainda escolherá a Jerusalém. Cala-te, toda a carne, diante do Senhor, porque ele se levantou da sua santa morada." (Zc 2:6-13).
Mas hoje vivemos no dia da graça e da paciência de Deus, que quer que todo homem se converta. Sinto estragar sua ilusão de um Brasil acima de tudo e Deus acima de todos, pois o que menos os homens querem de fato é estarem debaixo da vontade e controle de Deus. Não está no DNA humano ser guiado por Deus, e isso ficou muito claro no Jardim do Éden quando Eva deu ouvidos à promessa da serpente, que disse: "Sereis como Deus".
Poderia existir algo mais atraente do que ser autossuficiente e não ter de prestar contas a Deus? Não seria esta a ambição permanente da raça humana desde então, que já lutou milhares de guerras e batalhas pela supremacia? Não percebe você que até em meio a uma pandemia global os políticos ficam tentando cada um abocanhar seu quinhão, uns agarrados ao cetro para não perdê-lo, outros querendo de toda maneira tomar o trono de assalto? Assim é o ser humano, inclusive eu e você.
Você deve ter lido muito adesivo de vidro de carro para acreditar que o Brasil seja uma "nação cristã". Os norte-americanos adoram acreditar que a deles é, e não é diferente dos britânicos, que tem sua rainha como suprema líder da Igreja Anglicana. Ao contrário o projeto humano de poder, o interesse de Deus está em salvar indivíduos de todas as línguas, tribos e nações que creiam no seu Filho Jesus e recebam, também — individual e eternamente —, o perdão dos pecados.
Não precisa raciocinar muito para entender que o versículo "Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo ao qual escolheu para sua herança." (Sl 33:12). O Brasil não é a nação e nem seu povo aquele cujo Deus é o Senhor. Tudo isso vale para Israel porque Deus assim o determinou. Basta ler o Antigo Testamento para ver que a nação cujo Deus era o Senhor e o povo que ele escolheu como sua própria herança contrastava com todas as nações da antiguidade com seus diferentes deuses.
Mas como Deus teria escolhido uma nação assim tão mesquinha e com tamanha história de desobediência e iniquidade? Acaso ele não sabia que aquele povo seria assim? É claro que sabia, pois não era um povo diferente dos outros povos. Por isso Paulo, ao se referir à sua ascendência israelita, diz: "Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado." (Rm 3:9).
Se tivesse sido diferente, que outra nação teria respeitado o Senhor caso tivesse sido escolhida? Nenhuma. Que outra nação teria sido tão testada para provar sua incapacidade? Nenhuma. Por isso Israel é a amostragem perfeita da raça humana e de sua incapacidade de agradar a Deus. O Senhor é Deus e é direito seu escolher quem ele quer, e mesmo que Israel tenha falhado miseravelmente, ele prometeu restaurar aquela ação e abençoar outras nações na relação que tiveram com Israel, "a menina do seu olho", e os judeus, os "pequeninos irmãos" do Senhor Jesus.
Isso é ainda futuro, e enquanto não acontece, Deus está separando do mundo e para si um povo que a Bíblia chama de "Igreja", o corpo de Cristo. A Igreja não é do mundo mas está no mundo apenas aguardando o chamado para o encontro com o Senhor nos ares. Vivemos um tempo que pode ser entendido como o parêntese profético que precede a septuagésima semana de anos da profecia de Daniel 9, quando o Senhor voltará a tratar com os judeus e o mundo.
Hoje existem cristãos em todas as nações e é sobre estes que no tempo atual o Senhor tem sua vigilância constante, pois o testemunho de Deus no mundo hoje não é Israel, mas a Igreja. E quando o Novo Testamento fala da Igreja não está falando desta ou daquela organização religiosa criada por algum homem, mas da Igreja de Deus que ele comprou com o sangue que era de sua propriedade. "a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue." (At 20:28).
A Igreja de Deus não é denominada, não tem uma sede na terra, mas no céu, e nem está limitada às paredes de um templo ou uma organização religiosa da qual as pessoas se fazem membros. É o próprio Senhor que acrescenta ao seu corpo os que vão sendo salvos, portanto ela é composta de todos — escutou bem? TODOS — os que foram salvos por Cristo.
Enquanto a Igreja está neste mundo, não é prerrogativa dos membros desse corpo conquistarem espaço aqui, seja pelas armas, como tentavam os Cruzados, seja por influência política ou monetária. Que a Igreja é estrangeira no mundo próprio Senhor deixou isso claro em sua oração final antes de voltar ao Pai:
"Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus... Agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo." (Jo 17:9, 13-14).
Sim, você escutou direito Jesus dizer: "Não rogo pelo mundo". O Evangelho de João diz que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". (Jo 3:16). O Senhor ama o mundo, isto é, a humanidade, mas não roga por ela que o rejeitou e pregou numa cruz. O Evangelho, as boas novas da salvação, não é uma missão de melhoria do mundo e das pessoas, é uma missão de resgate para tirar do mundo os que pertencem a Deus.
Enquanto isso, quem continua movendo as peças desse imenso tabuleiro é o mesmo Deus que criou todas as coisas e de quem Jó disse: "Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado." (Jó 42:2). Como diz aquele ditado: "No fim da tudo certo, e se ainda não deu tudo certo é porque ainda não chegamos no fim". E interprete "fim" aqui como a eternidade.
Deus pode sim permitir epidemias, catástrofes e tragédias, independente na nação onde isso ocorra. E se o seu medo está numa pandemia de alcance global, saiba que o vírus mais perigoso não é o microscópico coronavírus; a maior ameaça que sempre pairou sobre a humanidade é o próprio ser humano. Ou você nunca ouviu falar de ondas de desobediência civil que costumam acompanhar grandes tragédias, com saques e mortes?
Mas se Deus permite o mal generalizado é para puxar o tapete de debaixo dos pés do orgulhoso ser humano, que pensa que vai viver na terra para sempre, e mostrar quem é que tem as rédeas firmes em suas mãos. Vale lembrar que a passagem que vou citar a seguir fala do mal e das trevas circunstanciais, e não de sua origem e essência, com as quais Deus nada tem a ver. Todos sabemos que "que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma" (1 Jo 1:5).
"Eu sou o Senhor, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que não me conheces. Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro. Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas." (Is 45:5-7).
Para entender melhor a particularidade dos abalos que Deus permite que venham sobre a humanidade no tempo em que vivemos neste parêntese profético, em que "veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios", antes que "todo o Israel será salvo" (Rm 11:25-26), traduzi um trecho do artigo "The Ways of God: Government, Grace, and Glory" de F. G. Patterson que fala do tempo em que vivemos:
Agora é o tempo do testemunho da cruz e ressurreição de Jesus, e da reunião dos co-herdeiros a ele, em quem temos uma herança; é o tempo em que a obra secreta de Deus está progredindo, ajustando as pedras espirituais à sua casa espiritual. É tempo da Igreja que sofre em quebrantamento e fraqueza aqui abaixo, no reino e na paciência de Jesus. Tempo de confusão e erro, quando o juízo está tão longe da justiça, como quando o único Justo ficou diante do tribunal reconhecendo que o poder que condenava o Inocente fora dado por Deus: "Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado".
É o tempo da cegueira de Israel, o povo amado, que tem o véu sobre o rosto, é o tempo da plenitude dos gentios que vão sendo reunidos. É o tempo da dominação gentílica, quando a grande estátua do livro de Daniel ainda não recebeu o golpe nos pés vindo da Pedra cortada sem ser obra de mãos. É o tempo em que toda a criação geme e sofre dores, aguardando a manifestação dos filhos e herdeiros de Deus. É o tempo em que Satanás anda livremente em derredor como um leão que ruge, buscando a quem possa devorar; cuja voz é a mesma que escutamos dos maus espíritos no Evangelho: "Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?".
Vivemos o tempo do "mistério de Deus", quando ele suporta com muita paciência o mal sem julgá-lo; quando a iniquidade está nos lugares elevados, e a bondade é pisoteada; quando a falsidade triunfa e a verdade cai nas ruas. Este é o tempo em que Jesus, rejeitado pelo mundo, permanece sentado à direita de Deus, esperando até que seus inimigos sejam feitos estrado de seus pés.
Mas se você reclama de tempos difíceis, ainda não viu nada. Minha sugestão é que, se ainda não o fez, creia agora mesmo em Jesus como seu Salvador para participar do resgate que poderá acontecer a qualquer momento quando Jesus vier, sem chegar à terra, para o encontro com os salvos entre nuvens.
"Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras." (1 Ts 4:14-18).
Tal qual o galante herói dos romances de aventura, que primeiro resgata sua donzela e a leva para um lugar seguro, para depois voltar para combater seus inimigos, Jesus fará assim com sua Noiva, a Igreja, abrigando-a no céu. À ela ele prometeu: "eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. Venho sem demora." (Ap 3:10-11).
E então tudo vai piorar antes de melhorar, pois... "haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória."
(Lc 21:25-27).
Agora pergunto: Onde está sua esperança? Neste mundo em tempos melhores? Ou em estar com Cristo eternamente no céu quando tudo mais deixar de existir?
por Mario Persona
Mas hoje vivemos no dia da graça e da paciência de Deus, que quer que todo homem se converta. Sinto estragar sua ilusão de um Brasil acima de tudo e Deus acima de todos, pois o que menos os homens querem de fato é estarem debaixo da vontade e controle de Deus. Não está no DNA humano ser guiado por Deus, e isso ficou muito claro no Jardim do Éden quando Eva deu ouvidos à promessa da serpente, que disse: "Sereis como Deus".
Poderia existir algo mais atraente do que ser autossuficiente e não ter de prestar contas a Deus? Não seria esta a ambição permanente da raça humana desde então, que já lutou milhares de guerras e batalhas pela supremacia? Não percebe você que até em meio a uma pandemia global os políticos ficam tentando cada um abocanhar seu quinhão, uns agarrados ao cetro para não perdê-lo, outros querendo de toda maneira tomar o trono de assalto? Assim é o ser humano, inclusive eu e você.
Você deve ter lido muito adesivo de vidro de carro para acreditar que o Brasil seja uma "nação cristã". Os norte-americanos adoram acreditar que a deles é, e não é diferente dos britânicos, que tem sua rainha como suprema líder da Igreja Anglicana. Ao contrário o projeto humano de poder, o interesse de Deus está em salvar indivíduos de todas as línguas, tribos e nações que creiam no seu Filho Jesus e recebam, também — individual e eternamente —, o perdão dos pecados.
Não precisa raciocinar muito para entender que o versículo "Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo ao qual escolheu para sua herança." (Sl 33:12). O Brasil não é a nação e nem seu povo aquele cujo Deus é o Senhor. Tudo isso vale para Israel porque Deus assim o determinou. Basta ler o Antigo Testamento para ver que a nação cujo Deus era o Senhor e o povo que ele escolheu como sua própria herança contrastava com todas as nações da antiguidade com seus diferentes deuses.
Mas como Deus teria escolhido uma nação assim tão mesquinha e com tamanha história de desobediência e iniquidade? Acaso ele não sabia que aquele povo seria assim? É claro que sabia, pois não era um povo diferente dos outros povos. Por isso Paulo, ao se referir à sua ascendência israelita, diz: "Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado." (Rm 3:9).
Se tivesse sido diferente, que outra nação teria respeitado o Senhor caso tivesse sido escolhida? Nenhuma. Que outra nação teria sido tão testada para provar sua incapacidade? Nenhuma. Por isso Israel é a amostragem perfeita da raça humana e de sua incapacidade de agradar a Deus. O Senhor é Deus e é direito seu escolher quem ele quer, e mesmo que Israel tenha falhado miseravelmente, ele prometeu restaurar aquela ação e abençoar outras nações na relação que tiveram com Israel, "a menina do seu olho", e os judeus, os "pequeninos irmãos" do Senhor Jesus.
Isso é ainda futuro, e enquanto não acontece, Deus está separando do mundo e para si um povo que a Bíblia chama de "Igreja", o corpo de Cristo. A Igreja não é do mundo mas está no mundo apenas aguardando o chamado para o encontro com o Senhor nos ares. Vivemos um tempo que pode ser entendido como o parêntese profético que precede a septuagésima semana de anos da profecia de Daniel 9, quando o Senhor voltará a tratar com os judeus e o mundo.
Hoje existem cristãos em todas as nações e é sobre estes que no tempo atual o Senhor tem sua vigilância constante, pois o testemunho de Deus no mundo hoje não é Israel, mas a Igreja. E quando o Novo Testamento fala da Igreja não está falando desta ou daquela organização religiosa criada por algum homem, mas da Igreja de Deus que ele comprou com o sangue que era de sua propriedade. "a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue." (At 20:28).
A Igreja de Deus não é denominada, não tem uma sede na terra, mas no céu, e nem está limitada às paredes de um templo ou uma organização religiosa da qual as pessoas se fazem membros. É o próprio Senhor que acrescenta ao seu corpo os que vão sendo salvos, portanto ela é composta de todos — escutou bem? TODOS — os que foram salvos por Cristo.
Enquanto a Igreja está neste mundo, não é prerrogativa dos membros desse corpo conquistarem espaço aqui, seja pelas armas, como tentavam os Cruzados, seja por influência política ou monetária. Que a Igreja é estrangeira no mundo próprio Senhor deixou isso claro em sua oração final antes de voltar ao Pai:
"Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus... Agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo." (Jo 17:9, 13-14).
Sim, você escutou direito Jesus dizer: "Não rogo pelo mundo". O Evangelho de João diz que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". (Jo 3:16). O Senhor ama o mundo, isto é, a humanidade, mas não roga por ela que o rejeitou e pregou numa cruz. O Evangelho, as boas novas da salvação, não é uma missão de melhoria do mundo e das pessoas, é uma missão de resgate para tirar do mundo os que pertencem a Deus.
Enquanto isso, quem continua movendo as peças desse imenso tabuleiro é o mesmo Deus que criou todas as coisas e de quem Jó disse: "Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado." (Jó 42:2). Como diz aquele ditado: "No fim da tudo certo, e se ainda não deu tudo certo é porque ainda não chegamos no fim". E interprete "fim" aqui como a eternidade.
Deus pode sim permitir epidemias, catástrofes e tragédias, independente na nação onde isso ocorra. E se o seu medo está numa pandemia de alcance global, saiba que o vírus mais perigoso não é o microscópico coronavírus; a maior ameaça que sempre pairou sobre a humanidade é o próprio ser humano. Ou você nunca ouviu falar de ondas de desobediência civil que costumam acompanhar grandes tragédias, com saques e mortes?
Mas se Deus permite o mal generalizado é para puxar o tapete de debaixo dos pés do orgulhoso ser humano, que pensa que vai viver na terra para sempre, e mostrar quem é que tem as rédeas firmes em suas mãos. Vale lembrar que a passagem que vou citar a seguir fala do mal e das trevas circunstanciais, e não de sua origem e essência, com as quais Deus nada tem a ver. Todos sabemos que "que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma" (1 Jo 1:5).
"Eu sou o Senhor, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que não me conheces. Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro. Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas." (Is 45:5-7).
Para entender melhor a particularidade dos abalos que Deus permite que venham sobre a humanidade no tempo em que vivemos neste parêntese profético, em que "veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios", antes que "todo o Israel será salvo" (Rm 11:25-26), traduzi um trecho do artigo "The Ways of God: Government, Grace, and Glory" de F. G. Patterson que fala do tempo em que vivemos:
Agora é o tempo do testemunho da cruz e ressurreição de Jesus, e da reunião dos co-herdeiros a ele, em quem temos uma herança; é o tempo em que a obra secreta de Deus está progredindo, ajustando as pedras espirituais à sua casa espiritual. É tempo da Igreja que sofre em quebrantamento e fraqueza aqui abaixo, no reino e na paciência de Jesus. Tempo de confusão e erro, quando o juízo está tão longe da justiça, como quando o único Justo ficou diante do tribunal reconhecendo que o poder que condenava o Inocente fora dado por Deus: "Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado".
É o tempo da cegueira de Israel, o povo amado, que tem o véu sobre o rosto, é o tempo da plenitude dos gentios que vão sendo reunidos. É o tempo da dominação gentílica, quando a grande estátua do livro de Daniel ainda não recebeu o golpe nos pés vindo da Pedra cortada sem ser obra de mãos. É o tempo em que toda a criação geme e sofre dores, aguardando a manifestação dos filhos e herdeiros de Deus. É o tempo em que Satanás anda livremente em derredor como um leão que ruge, buscando a quem possa devorar; cuja voz é a mesma que escutamos dos maus espíritos no Evangelho: "Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?".
Vivemos o tempo do "mistério de Deus", quando ele suporta com muita paciência o mal sem julgá-lo; quando a iniquidade está nos lugares elevados, e a bondade é pisoteada; quando a falsidade triunfa e a verdade cai nas ruas. Este é o tempo em que Jesus, rejeitado pelo mundo, permanece sentado à direita de Deus, esperando até que seus inimigos sejam feitos estrado de seus pés.
Mas se você reclama de tempos difíceis, ainda não viu nada. Minha sugestão é que, se ainda não o fez, creia agora mesmo em Jesus como seu Salvador para participar do resgate que poderá acontecer a qualquer momento quando Jesus vier, sem chegar à terra, para o encontro com os salvos entre nuvens.
"Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras." (1 Ts 4:14-18).
Tal qual o galante herói dos romances de aventura, que primeiro resgata sua donzela e a leva para um lugar seguro, para depois voltar para combater seus inimigos, Jesus fará assim com sua Noiva, a Igreja, abrigando-a no céu. À ela ele prometeu: "eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. Venho sem demora." (Ap 3:10-11).
E então tudo vai piorar antes de melhorar, pois... "haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória."
(Lc 21:25-27).
Agora pergunto: Onde está sua esperança? Neste mundo em tempos melhores? Ou em estar com Cristo eternamente no céu quando tudo mais deixar de existir?
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