Salmo 46: O Deus de Jacó é o Nosso Refúgio

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Salmo 46: O Deus de Jacó é o Nosso Refúgio


Salmo 46: O Deus de Jacó é o Nosso Refúgio

Um dos hinos compostos pelos descendentes de Corá, o Salmo 46 enfatiza a confiança do povo de Israel na proteção divina. 


O cabeçalho não identifica o ambiente histórico do Salmo, mas seu conteúdo se ajusta bem a circunstâncias como o rei Ezequias e o profeta Isaías enfrentaram quando os assírios cercaram Jerusalém e ameaçaram destruir a cidade (leia o relato em 2 Crônicas 32:1-23 e Isaías 36 e 37). 

Esse Salmo nos lembra da importância de sempre confiar em Deus, não importa a dificuldade da nossa circunstância.

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam. Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; jamais será abalada; 

Deus a ajudará desde antemanhã. Bramam nações, reinos se abalam; ele faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve. O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. 

Vinde, contemplai as obras do SENHOR, que assolações efetuou na terra. Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo. 

Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio” (Salmo 46:1-11).

A afirmação do primeiro verso do Salmo serve como tema e base do refrão encontrado nos versos 7 e 11. É nas tribulações da vida que é mais fácil duvidar da presença de Deus e questionar sua justiça e soberania, mas o salmista afirma a presença divina nesses momentos.

No caso da ameaça assíria contra Jerusalém, a propaganda do emissário enviado pelo rei da Assíria tentou semear dúvida e derrubar a fé do povo de Israel, sugerindo que o Deus de Israel era impotente, igual aos “deuses” já humilhados pela força militar da sua nação. 

“Então, Rabsaqué se pôs em pé, e clamou em alta voz em judaico, e disse: Ouvi as palavras do sumo rei, do rei da Assíria.

 Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar. Nem tampouco Ezequias vos faça confiar no SENHOR, dizendo: O SENHOR certamente nos livrará, e esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria... Não vos engane Ezequias, dizendo: O SENHOR nos livrará.

 Acaso, os deuses das nações livraram cada um a sua terra das mãos do rei da Assíria? Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Acaso, livraram eles a Samaria das minhas mãos? Quais são, dentre todos os deuses destes países, os que livraram a sua terra das minhas mãos, para que o SENHOR livre a Jerusalém das minhas mãos?” (Isaías 36:13-15,18-20).

A resposta do salmista foi a mesma que o rei Ezequias e o profeta Isaías deram para seus inimigos. Não foram atemorizados pelas arrogantes ameaças assírias, pois confiavam em Deus. Ele foi a fonte da sua vida e seu protetor. Durante a noite, Deus mandou seu anjo e destruiu o exército da Assíria com seus 185.000 soldados. Jerusalém foi salva porque Deus estava com seu povo.

Nós vivemos em tempos tumultuosos. A polarização política faz inimigos de concidadãos do mesmo país. Conflitos econômicos e militares ameaçam a paz e segurança de países em todas as partes do mundo. Seria fácil nos entregar ao desânimo, desespero e ansiedade diante dessas incertezas. Quando tentados a questionar a soberania ou a presença de Deus, vamos nos lembrar do exemplo de Isaías e Ezequias e das palavras dos filhos de Corá!

O verdadeiro Deus, Criador e Senhor do Universo, não pode ser comparado aos falsos deuses dos vizinhos de Israel. Imagens feitas de madeira, pedra e metais jamais teriam poder para libertar homens das ameaças dos seus inimigos, mas o Deus de Jacó tem poder e mostrou sua soberania no livramento dos fiéis.

Deus continua sendo “o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (verso 1).

-por Dennis Allan
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