O ano passado foi o quarto mais quente já registrado, e a perspectiva é de um calor ainda maior que se aproximará de níveis que a maioria dos governos considera perigosos para a Terra, mostrou um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira.
Os eventos climáticos extremos de 2018 incluíram incêndios florestais no Estado norte-americano da Califórnia e na Grécia, seca na África do Sul e enchentes em Kerala, na Índia.
Níveis recordes de emissões de gases de efeito estufa provocados pelo homem, sobretudo da queima de combustíveis fósseis, acumulam ainda mais calor.
As temperaturas de superfície globais médias ficaram um grau Celsius acima da era pré-industrial, disse a Organização Meteorológica Mundial (OMM) com base em dados de agências meteorológicas norte-americanas, britânicas, japonesas e europeias.
"A tendência de longo prazo das temperaturas é muito mais importante que o ranking de anos individuais, e essa tendência é de elevação", disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, em um comunicado.
"Os 20 anos mais quentes já registrados foram nos últimos 22 anos".
Para combater o aquecimento, quase 200 governos adotaram o acordo climático de Paris de 2015 para eliminar gradualmente o uso de combustíveis fósseis e limitar a elevação das temperaturas a 2ºC acima da era pré-industrial enquanto "realizam esforços" para mantê-las em 1,5ºC.
"Os impactos de longo prazo do aquecimento global já estão sendo sentidos em enchentes litorâneas, ondas de calor, precipitação intensa e mudanças no ecossistema", explicou Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa).
Fonte: Reuters
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